A OMEP- Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar –
é uma organização movida pelo trabalho voluntariado. Ponto. Já há alguns anos,
a Omep/MS deixou de o ser. O caminho
da derrocada iniciou-se, na gestão Serrano, durante a qual, o, então, prefeito
municipal Juvêncio César da Fonseca - a pedido da então presidente - promoveu a
absurda cedência - com honorários pagos pela Prefeitura - de dezenas de “voluntárias”,
deslocadas das direções de escolas municipais, pós “reinado” de Levy Dias. Nesse
momento, o pilar do voluntariado já fora vilipendiado. Nessa época, a fundadora
da instituição, seguida por alguns membros integrantes da diretoria, afastaram-se da entidade, que, já, àquela época,
iniciava o caminho para a derrocada que vimos, hoje, estampada nas páginas
policiais de jornais e redes sociais.
Mas, adiante, a OMEP/MS,
atendendo ao conselho do então presidente da OMEP/Brasil, Pedro Demo – eterno consultor
pago pelos cofres municipais, e, nessa gestão, pelos cofres do Estado - durante
a gestão da atual Secretária de Estado da Educação, passou - a título de
auferir recursos próprios - a oferecer cursos de capacitação, ampliados por reivindicações
e recebimentos de verbas públicas, sob a capa de convênios com a Prefeitura
Municipal de Campo Grande, a partir da gestão André Puccinelli, seguida por
Nelsinho Trad. Além da promoção de
encontros e congressos – até internacionais - que nunca foram auditados,
flagrados, denunciados pelo seu Conselho Fiscal, muitos recursos entraram - sob
a fachada de Organização sem fins lucrativos - e, fez com que seu “crescimento assombroso” ,e, a corrupção, agora,
desvendada, andassem de mãos sujas, e, dadas, levadas mundo a fora, como
experiência de sucesso.
Tais gestões
fraudulentas e corruptas deveram-se, sem dúvida, em continuidade a sucessivas
reeleições da atual presidente encarcerada. Implantaram-se gestões
parcimoniosas e escolhidas a dedo, politicamente, dando estofo e cobertura necessários ao status quo vigente. A atual presidente da OME/MS e seu genro,
encarcerados, eram verdadeiros donos desse patrimônio e desse latifúndio. Muita
grana entrou nessa organização, envergonhando a todos cujo ideário primeiro
conjugava-se com o da Professora Laura Jacobina (RJ), fundadora da OMEP/BR, de
quem a primeira presidente e sua fundadora recebera autorização para a abertura
da OMEP, em Campo Grande – naquela época, ainda, unificada à Cuiabá.
Que os que estão
chamados a responderem pelos crimes praticados na OMEP/MS não paguem parcialmente
pelo que fizeram, sob estrito apoio de gente de gabarito muito mais alto do que
o deles. Que a investigação siga e chegue realmente a quem gestionava, politicamente,
a instituição. Sem panos quentes; dando a César o que é de César.
Creio na Justiça que
tarda, mas não falha. Chega de espertos e corruptos sob o manto da seriedade! Que
os culpabilizados, de agora, prestem seus esclarecimentos à Justiça e conduzam
os promotores do MP aonde devem, e, precisam, chegar. Auditoria, já.
Destituição de toda a diretoria conivente com os crimes praticados.
Intervenção!
Não nos calemos, muitos
de nós, que, de fora, víamos a olhos nus, os conchavos, acordos, e, práticas
abusivas perpetrados por toda uma verdadeira quadrilha que, um dia, reuniu
inúmeros educadores confiantes nesse prestígio nacional e internacional da OMEP.
Profundamente,
envergonhados pelos destinos de uma instituição que nasceu, sob o princípio do voluntariado
e o intuito de oferecer atendimento à criança pequena, o que se deseja, agora,
é, que tudo esteja muito bem esclarecido. Precisamos salvar a instituição, doa
a quem doer. Mas, da forma como deve ser. Que Marquinhos Trad não entre nessa
roubada e fundamente-se.
Com a palavra as
gestões de André Pucinelli e de Nelson Trad Filho, em cujo período, exercia a
Secretaria Municipal de Educação, a atual Secretária de Estado de Educação,
ex-presidente da OMEP, em cujo mandato, iniciaram-se os convênios e as
capacitações. Com a palavra, além dos investigados, Vital Didonet, da Omep/Brasil
e o TCE. Por fim, “delação premiada”, urgente.
Maria Angela Coelho
Professora doutora pela
PUC de São Paulo
Integrante da Diretoria
OMEP/MS (1984/86)
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