quarta-feira, 16 de março de 2016

Uepa! O jabuti desceu do poste e subiu no telhado


Agora, vai! “Testemunhem que não tenho cara de quem vai renunciar”, bradou o “jabuti”, do poste, para os jornalistas, com um sorrisinho que só quem é especialista em jabuti, sabe como é. A fala se deu de entremeio a outros assuntos de somenos importância. Creio que ninguém havia mencionado isso a jabuti, porque ninguém ainda teria essa petulância; foi ela quem se referiu “un passant” ao assunto, já deflagrado na boca dos “coxinhas- de –olhos-azuis”, assim como eu (vou comprar minha lente, amanhã, porque elite eu já sou!).
Aquele bando de gente bonita, rica, classe média, empregada, de “cabelo bom”, tez clara que leva babá de uniforme branco pra passeata, saiu de casa, vestiu uma camisa amarela, inundou o Brasil com bandeiras, faixas de apoio à Operação Lava Jato e ao Juiz Sérgio Fernando Moro - o homem que está limpando o país - só pra fugir do Faustão!? Fazer caminhada, exercício aeróbico? E, lá fomos nós, a elite, gastar nossa garganta, nossos nykes à toa? Seríamos nós um bando de idiotas de toyotas sem ter o que fazer em um domingo sem clube, sem piscina, sem restaurante, sem cineminha, sem praia...?
Enquanto ocupávamos as ruas, nós, os elitizados de direita (PQP!), eles, os pobres, os esforçados, os resistentes, os indiciados, os larápios do poder, se reuniam, de cócoras, c... e andando pra nação, pras suas leis, suas instituições, no Alvorada, nas ondas eletromagnéticas dos celulares – diálogos gravados! Enquanto nós, os imbecilizados, bradávamos contra (pelo menos) o roubo do faqueiro de ouro do Costa e Silva, ou, do crucifixo do Aleijadinho (nada de tríplex, ou sítio!), eles já estavam reorganizando o governo: o golpe estava sendo artimanhado  (inventei essa palavra agora!), costurado, e, o que, ontem, era levado em condução coercitiva, agora, do nada, vira ministro desse desgoverno?! Escapa da justiça de Curitiba, toma fôlego, e vai pra foro privilegiado.
A vingança maligna e o golpe do jararaca veio rastejante, entrou no Alvorada e tomou o poder. A jararaca, agora, ri da sua cara, de todas as nossas caras – nunca nesse país se viu tanta safadeza, tanta audácia! O “merda do metalúrgico” tomou o poder numa boa, sem nem um traque!
Hoje, hoje quando escrevo, é o Presidente do Brasil; tirou o jabuti do poste: assumiu a Presidência da República Federativa do Brasil. E, ouvimos sua voz enunciando palavrões, desqualificando o Congresso, o Supremo (acovardados), em diálogo telefônico com Dilma?! Isso pode, “Arnaldo!?” Mercadante, com quem acordei, hoje pela manhã,  agora é fichinha.  
Somos um país governados por bandidos; no Executivo, no Legislativo. Confiemos no Judiciário (?!), que, agora, tem muito que fazer. Aonde andarão as marisas-letícias-roses-eunices-cláudias? Saberão elas dos feitos monumentais dos seus affairs? Ou, estão nos dando uma banana, também, do conforto dos seus lares?
Hoje é dia da deflagração da liberdade total. Tomemos a Bastilha, já! Ah, já foi tomada pelo “camarada da classe operária”! Ah, já? Perguntarão os alienados de domingo, 13 de março. Já! Ela abdicou! Ele tomou o poder! Rui Falcão é o vencedor do Big Brother! Prender delcídio por quê? Soltem marcos-valério! Soltem os zé-dirceus! Liberdade pros vacari! Soltem o “bandido da luz vermelha (Ah, já morreu!); jack o estuprador (ato falho: jacques o estripador – ah, também já morreu!). Soltem Fernandinho Beiramar! Tira a criança do castigo! Solta o Pit Bull! Solta o louro-josé da ana-maria-braga!
Estamos à deriva. Salve-se quem puder! É golpe! É safadeza! É crime! Mas, nós, “dazelite”; e, nós,  os que não somos “dazelite”, mas que têm vergonha na cara, o trabalhador brasileiro que sofre pelo flagelo do desemprego, o aposentado, o raio que o parta, todos nós, não merecemos essa gente!
O Brasil é digno! O país merece respeito! Que a Justiça desse país prevaleça, e o povo se rebele. Não ao golpe! Jararaca presidente, não! Que o Supremo, nossa derradeira salvação se faça presente, e, nos represente.  Dilma morreu! Enterre-se, pois.



Maria Angela Coelho – Professora Doutora e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo

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