quarta-feira, 1 de julho de 2015

Eu estou saudando a mandioca.. e, o milho!


... Porque não há mais nada a fazer. Mulher sapiens que sou, me entrego; vou assoprar foguinho, fazer minha fogueira, esquentar os pés e largar mão. Relaxar e gozar como quer a energúmena marta-suplicy. Não dá. Sociedade omissa. Está tudo parado e sob o eclipse do Sol. Anoiteceu e não amanheceu; estamos na escuridão; voltamos a idade das trevas, cujo colorido só se vislumbra sob a luz da parada gay.
Campo Grande está à deriva. Prefeito, que caiu do caminhão, e sua massa de fiéis e profitentes-assessores não dão conta da pobre morena e não cumpre lei. Tudo está à venda, em Campo Grande - exceto o que está disponível pra aluguel – e os serviços básicos e mínimos (Educação e Saúde, por exemplo) para que uma sociedade sobreviva, estão em greve há séculos e nada, nada, absolutamente nada, acontece. Sonífera ilha!
O Estado foi sequestrado pelo segmento agropastoril, cujos representantes, repentinamente, tomaram acento nas macro e nas micro decisões político-sociais e econômicas e fazem sua gestão das torres das secretarias de governo, como se de suas varandas do casarão, ou dos seus pastos, estivessem. Não fazem nada, com os olhos no retrovisor, apenas criticam o que fizeram ou deixaram de fazer seus ancestrais – mas, não foram eleitos pra reclamar do mal-feito, mas, sim, pra agir, mudar,  resolver com o olhos no futuro!
Bancada parlamentar mugindo em todos os níveis - da vereança ao Congresso Nacional (excetíssimo, alguns pouquíssimos abnegados, resignados e prescindíveis, por assim sendo, representantes nossos), não dão uma dentro: fazem leis pra reconhecimento de “nome social”, fazem audiências públicas aqui e ali, mas, nada flui de concreto em benefício e merecimento da boiada.
No parlamento federal, crápulas decidem o futuro, já que deram cabo do presente. Um país que tem um Jean Willis - catapultado de um Big Brother - pra “fazer” leis, não pode ser um país sério (finado, De Gaule!). Um país que tem como governante mor uma ser humana, com 9% de aprovação e que, pra lá de Bagdá, não diz coisa com coisa e saúda a mandioca (e, o milho) publicamente, não pode ser um país digno de respeito. E nesse caldo de bobó, tanto faz minoridade ou maioridade penal. Já que estamos todos fadados a mesma má sorte, tanto faz Temer, Renan ou Eduardo Cunha; Lula de novo, Dilma até 2018, ou, mesmo, Aécio (o que faz Aécio – morde e assopra - nessa grande conjuntura? O que faz o PSDB nesse contexto burlesco atual?). 
O povo que foi pras ruas em 2013, certamente, já voltou pra Marte; não era brasileiro. O brasileiro mesmo, aquele do jeitinho, do samba, do futebol, está preocupado com o Carnaval, com o Brasileirão, com a festa de Parentins; com a abertura de mais uma igreja pentecostal, com a Parada Gay.  
Os corruptos nossos de todos os dias, que pipocam aqui e ali, emergindo de seu status quo, de suas mansões, iates e carrões, são tão bandidos que, levados algemados para olharem nos olhos o juiz (um ser estelar e de outra galáxia) Sérgio Moro, têm estômago pra Papuda e, não têm o menor receito de passar alguns dias de desconforto por lá, fazendo coco de cócoras, sem seus casacos de couro e perfume francês;  sem seu champagne  e seu vinho de todas as noites e suas belas (e, muitas putas) mulheres. Delações premiadas não são respeitadas pela mulher sapiens que confunde tudo, mistura alhos com bugalhos, e ameaça delator, dos microfones da Disney.
Eu estou saudando a mandioca! “Me”perdoem os que tinham alguma consideração por minha pessoa; os que esperavam algum tipo de resistência, de luta, de enobrecimento. Sem munição, ligando o fod..-se!

Maria Angela Mirault – mulher-sapiens
Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica (sim, senhor!) pela PUCde São Paulo


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